Por Tiana Dórea
Quando levamos em consideração a linguagem da nossa vestimenta, o tecido tem um peso importante.
Sabe por que?
A partir dele, teremos um caimento melhor ou pior, uma durabilidade maior ou menor, pode ser mega confortável ou “pinicar” você ao longo dia, dentre outras características.
Existem tecidos de fibras naturais, ou seja, encontradas na Natureza, tais como linho, algodão, seda e lã.
Existem também as fibras artificiais (fabricadas quimicamente a partir de matéria-prima natural) a exemplo da viscose, o modal e o liocel e as fibras sintéticas (produzidas pelo homem através de produtos químicos, sem matéria-prima natural), como o poliéster, o elastano, poliamida, nylon, etc.
Hoje, vamos conversar sobre 4 tipos de tecidos diferentes, mas antes de qualquer coisa, quero saber:
Que importância você dá ao tecido na hora de escolher uma peça?
Você checa a etiqueta na hora da compra?
Compara o custo-benefício através da composição do tecido?
Se você não faz isso, até o final deste post, vou te dar alguns motivos para repensar e começar a prestar atenção.
Algodão
Vamos começar com o algodão, que é uma fibra natural e, por isso, tem boa durabilidade, toque suave e deixa a nossa pele respirar.
É muito confortável, versátil e de fácil manuseio.
O tecido do algodão possui alta capacidade de absorção e tingimento e não requer um cuidado tão minucioso na sua manutenção quanto as outras fibras naturais, mas quando usado e lavado por muitas vezes, suas fibras se rompem devido ao atrito, formando bolinhas em sua superfície.
Então, uma boa saída é a utilização de um sabão de qualidade que ajude na limpeza sem a necessidade de esfregar tanto a peça.
Linho
Já o linho, que também é feito de uma fibra natural, é ainda mais resistente do que a fibra do algodão.
É utilizado desde a antiguidade e, apesar de amassar com facilidade, tem um ar mais sofisticado, imprimindo elegância de forma leve e ao mesmo tempo, refinada.
O linho tem um custo mais elevado, por conta do seu processo oneroso de produção.
Por isso, uma roupa 100% linho sempre terá um valor alto (se não tiver, desconfie!), enquanto outra peça que o mistura com outras fibras, será mais acessível, porém perdendo um pouco da sua qualidade nobre.
Lave sempre à mão, separada das demais e em movimentos delicados.
Viscose
A viscose é uma fibra artificial de celulose e, apesar de ter menor resistência do que o algodão, possui bom caimento, toque suave e baixo custo.
Amplamente utilizada na moda atual, tem boa respirabilidade e é muito confortável.
A indicação de manutenção da viscose é a lavagem à mão, de preferência com sabão neutro, e secar à sombra em varal.
Poliéster
O poliéster é um polímero produzido de forma sintética, a partir do carvão e derivados do petróleo.
É um tecido que não amassa com facilidade, mas também não deixa a nossa pele respirar tão bem.
É comumente visto nas composições das peças atuais, seja de forma total ou parcial, quando misturado a outros tipos de fibras.
Tem um custo menor de produção do que as fibras naturais, logo, as peças em poliéster são mais “em conta”, mas não resiste a altas temperaturas, devendo sempre ser passado a ferro frio, e preferencialmente pelo avesso, afim de evitar manchinhas.
Hoje em dia, é muito comum vermos peças com uma composição mista de tecidos.
É importante verificar o percentual de cada tecido naquela peça, primeiro para analisar se ela vale o que custa e, não menos importante, para que você saiba a melhor maneira de conservar a sua peça por mais tempo, como cuidar, como lavar, como guardar, aumentando a durabilidade da mesma.
Então, mesmo que você sinta aquela vontadezinha de cortar a etiqueta da roupa, verifique antes todas as instruções ali presentes, entenda cada ícone relacionado à sua forma de lavar, secar e passar e à sua manutenção.
Roupa não é descartável e devemos fazer valer nosso investimento. Uma peça bem cuidada dura mais, faz bem ao seu bolso e principalmente ao meio ambiente.
No final, é como você cuida que vai fazer a peça durar mais ou menos no seu guarda-roupa!