Por Ju Berman
A diversidade de corpos, de modelagens, reciclagem fashion, roupas agêneros e fetichecore marcaram o primeiro dia de SPFW, que vai até o próximo domingo, marcando o retorno da quase totalidade do evento ao presencial.
Vem conferir comigo o apanhadão que fiz do que rolou nesse dia pra lá de especial!
Patricia Viera
Com direito a muito brilho e metalizados em peças de couro rastreado, certificado e com baixo impacto ambiental fornecido pela Leather Labs, a Patricia Viera foi a responsável por abrir os desfiles do primeiro dia de SPFW N54, no shopping Iguatemi, onde rolam algumas apresentações.
Ah, e destaque também para o uso das sobras de couro reaproveitadas para compor mosaicos pelas artistas Natalia Reys e John de Souza que vão em peças que levam em média um mês em produção.
Meninos Rei
"Onde Nasce a Arte", coleção da Meninos Rei, baianíssima como eu, deu sequência aos seus primeiros desfiles refletindo o impacto das periferias sobre a criação artística e cultural.
Márcio Victor, vocalista do Psirico, abriu o desfile com as já famosas estampas com inspiração na ancestralidade africana em cores vivas com novos contornos e interações, inspiradas na favela.
A diversidade de corpos chamou bastante atenção de forma muito positiva, além de presenças ilustres como Deborah Secco e Jojo Todynho.
Soul Básico
Em seguida veio a Soul Basico, desfilando em uma sala menor, dentro do Komplexo Tempo, fez uma apresentação em preto e branco, numa vibe monocromática de peças clean.
As capas, camisetas, moletons e casacos tinham um ar futurista que combinavam perfeitamente com os colares com cristais gigantes como pingentes.
Greg Joey
Estreando na SPFW, a Greg Joey de Lucas Danuello apresentou a "Slash Tour" que flerta com a estética dos anos 80 e com clássicos cult, como o incrível "Hellraiser" e "Pânico".
Ombros gigantes, modelagem box, silhuetas que se abrem, t-shirt versão alongada, estava tudo na passarela.
Walério Araújo
Walério Araújo veio na contramão do que costuma apresentar em seus desfiles.
As cores deram lugar a um lado mais dark e melancólico, levando tons de preto, com pitadas de rosa, bordados de paetês, franjas, cristais e aviamentos metálicos, inspirados no mundo gótico.
Pura força e criatividade!
Renato Buzzo
Renata Buzzo finalmente realizou o seu primeiro desfile presencial na SPFW.
Vegana, consciente, slow e sob-demanda, o romantismo teatral da estilista homônima segue intacto, desenvolvendo superfícies têxteis e utilizando retalhos e sobras de produção.
E o mais artístico por trás disso tudo, é que toda a sua inpsiracão partiu de um diagnóstico acerca de uma altraçào no seu sistema límbico, que regula as emoções.
Bold Strap
Acostumado a trabalhar com signos da cultura queer, o estilista Peu Andrade, da Bold Strap, desfilou sua idealização de uma musa alienígena na SPFW N54.
Babados, plissados, rendas e pelúcia trouxeram o feminino nas peças com ar de fetichecore. O jeans foi usado pela primeira vez nas coleções do design para a marca.
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